miércoles, 28 de octubre de 2009

O subentendido como elemento significativo na compreensão e produção de sentido dos enunciados

Claudia Floriana Núñez

Introdução

Este trabalho faz parte dos estudos feitos no Projeto de Pesquisa sobre efeitos de sentido. O objetivo do mesmo é abordar, segundo a teoria de Bakhtin[1],o subentendido no discurso. Inicialmente falamos do enunciado e seus elementos extra verbais e verbais, logo continuamos com a apresentação das propriedades do subentendido.Finalmente definimos este tipo especial de discurso valorizando-o como uma categoria linguística necessária para a comunicação que põe em jogo o conhecimento do implícito cultural compartilhado pelos sujeitos de uma comunidade. Por último refletimos sobre a importância de levar ao aluno à percepção das singularidades da língua estrangeira como conhecimento indispensável para a decodificação das mensagens discursivas.

Os elementos extra verbais do enunciado

Todo enunciado possui um sentido e um conteúdo, mas se o sujeito do discurso não conhece a circunstância na qual se produz o mesmo, o sentido terá para cada um de nós um significado diferente. Um mesmo enunciado poderá causar efeito de alegria ou de tristeza. Isto é, nossa resposta estará condicionada a nossa compreensão. As palavras têm vários significados e todos estão relacionados ao sentido global do enunciado. Esse sentido depende das circunstâncias imediatas que o suscitaram e das causas sociais que o originaram.
Todo enunciado está constituído de duas partes: uma parte verbal e uma parte extra verbal, por exemplo, o que significa: droga numa conversa cotidiana? Se procurássemos o significado da expressão no dicionário encontraríamos: medicamento. Mas esse significado não esclareceria o sentido da frase inteira, nem do enunciado. Porém, dentro de uma interação comunicativa a expressão tem sentido porque forma parte de um contexto determinado.
Segundo Bajtín a expressão oral consta de dois elementos: o sonoro e a reação orgânica. A primeira parte deste diálogo está constituída pela expressão droga! a segunda pela reação orgânica (os gestos e o rosto vermelho). Ignoramos onde e quando se produz o diálogo, não sabemos seu objeto, e também desconhecemos a relação dos interlocutores com esse objeto, nem suas interpretações sobre ele. As expressões são compreendidas na medida em que são parte de um contexto, portanto existem elementos extra verbais que ajudam a compreender o significado dos enunciados:

· O espaço e o tempo do fato,
· O objeto do enunciado (sobre o que se fala)
· A posição dos interlocutores frente aos fatos (interpretação).

Bakhtin chama este conjunto de três elementos: situação.
As diferentes situações determinam os sentidos de uma mesma expressão verbal, e a interpretação contém o elemento ideológico que é refletido no enunciado, portanto, se mudássemos a situação de comunicação o sentido da expressão seria outro. Observamos então que a situação cumpre um papel predominante na formação do enunciado.

1- Os elementos verbais do enunciado

De acordo o que mencionamos anteriormente, o sentido dado ao enunciado depende da situação, ela determina a orientação social do ouvinte que participa da mesma. Quando analisamos um enunciado, nos centramos na relação entre a situação, a forma verbal do enunciado e seu auditório. Os elementos verbais fundamentais que organizam o enunciado são:
· a entonação
· a eleição das palavras
· a disposição das mesmas no enunciado completo.
A situação e o auditório determinam a entonação, mediante ela se escolhem as palavras e se dá sentido ao enunciado. A entonação estabelece uma relação entre o locutor e o ouvinte. Dá sentido geral e significação global ao enunciado. Uma mesma palavra ou expressão toma um significado diferente segundo sua entonação. Um palavrão, dependendo da situação, pode virar uma expressão gentil.
De acordo com Bajtín, cada vez que o homem se comunica, seu corpo inteiro é percorrido pela entonação, além dela, os movimentos e os gestos contribuem para a expressão de ideias e sentimentos.
A modificação do auditório provoca mudanças na orientação social do enunciado. Isto é, não se fala da mesma maneira ao chefe que ao colega de trabalho. Esta mudança é consequência da situação e do auditório, e não é refletida simplesmente na entonação, mas também na eleição das palavras e na disposição delas nos enunciados. Não devemos esquecer que a entonação representa uma interpretação do auditório. Cada entonação exige uma palavra correspondente e adequada e determina a posição da mesma na fala.

Situação

Espaço e tempo

Tema ou objeto

Interpretação

Por exemplo, se organizamos um jogo de futebol com nossos colegas de trabalho e chove, provavelmente surjam comentários do tipo:
-“Puxa vida que tempinho chato ! Acabou a festa!” (fazendo gestos com as mãos)

Se a conversa fosse com o chefe, a situação seria diferente e automaticamente mudaríamos as expressões e o tom e não faríamos muitos gestos. O enunciado poderia ser o seguinte:

-“Que pena, o tempo não está bom, a gente vai ter que suspender o jogo de futebol”.

A conversa cotidiana está cheia deste tipo de situações comunicativas. A eleição é quase inconsciente. Mudamos o campo, o teor e o modo às vezes que for necessário.

2- O subentendido

Além dos elementos fundamentais, apresentados por Bajtín, que dão sentido ao enunciado, temos outros componentes implícitos sumamente importantes para o processo comunicativo: a significação e o sentido.
De acordo com a pragmática, o enunciado possui dois componentes: um linguístico (significação) e outro retórico (sentido) do enunciado.

O componente retórico divide-se também em dois componentes:
O primeiro se dedica aos valores referenciais e argumentativos e
o segundo combina os significados com as circunstâncias de enunciação.
O resultado do segundo componente retórico são os diversos "efeitos de sentido" ou“subentendidos” que o falante dá a entender no seu discurso.

Entonação

Eleição das palavras

Signifi-cação

Sentido
(subentendido)

Disposição das palavras

Enunciado

Ducrot define o subentendido como:
“A maneira pela qual o destinatário decifra o sentido do enunciado" ..." o qualificativo subentendido caracteriza a maneira na qual um elemento semântico é introduzido no sentido. (1984: 15).
Segundo Moeschler: “Qualquer inferência que o emissor pretende transmitir a partir de um enunciado explícito diferente”. (1994: 292)
De acordo a esta definição o subentendido não aparece na intenção comunicativa do locutor. Não "subentende" o falante, senão o ouvinte.
Considerando esta definição seriam exemplos de subentendido as seguintes frases:

1) Só veio um professor à reunião
(esperávamos que viessem mais)
2) Seu irmão é casado?
(estou interessada nele)
3) Estou com frio
(alguém me empresta um agasalho?)
4)Alguém veio de carro

(estou precisando que alguém me leve pra
casa)


Observamos aqui as informações transmitidas e as intenções ocultas.
1) No primeiro caso trata-se de uma reunião de professores numa escola e é a diretora quem assume o rol de emissora. Como ela não quer falar diretamente o que pensa, dá a entender sua verdadeira mensagem através de um subentendido.
2) No segundo caso trata-se de uma conversa entre duas amigas. Pelo que podemos deduzir, uma delas está interessada no irmão da outra, neste caso o subentendido é evidente: “gosto do seu irmão”.
3) No terceiro caso a pessoa não quer pedir diretamente que alguém lhe empreste um agasalho por isso prefere falar que está com frio.
4) No quarto caso a pessoa gostaria que alguém a leve de carro para sua casa mas não quer pedir diretamente o favor.

O subentendido é utilizado naturalmente na vida cotidiana. Forma parte da nossa linguagem e marca a cumplicidade na comunicação. Existe na língua materna e na segunda língua. Em algumas situações é tão sutil que precisamos do esclarecimento dos interlocutores, outras é tão evidente que até chega a ser grosseiro.
Porém é realmente problemático quando ocorre na segunda língua e dificulta a compreensão. Num diálogo, a incompreensão de um enunciado leva à falta de resposta. Existem ocasiões nas quais os interlocutores que não compreenderam o discurso se sentem frustrados por este tipo de situações e embora conheçam a língua se consideram incapazes de responder. Por exemplo, se em uma conversa ouvimos que um dos interlocutores fala para o outro:

“Em boca fechada não entra mosca”

Podemos deduzir que esse interlocutor não quer que o outro fale. A tradução do refrão seria: Não fale! Neste caso se trata de um refrão, uma categoria linguística que sempre tem alguma coisa implícita.
Neste tipo particular de enunciado adquirem especial relevância a entonação e os silêncios. O interlocutor coloca ênfase em algumas expressões ou faz pausas entre uma expressão e outra de acordo àquilo que deseja expressar. Estes fenômenos supra-segmentares facilitam a compreensão dos significados e são elementos dos quais se serve o emissor para avisar ao ouvinte que sua mensagem tem alguma coisa de subentendido.
Em algumas situações o subentendido mostra a cumplicidade entre os interlocutores, em outras se transforma num elemento que reforça a coesão social entre esses falantes em oposição ao resto que não participa da mesma cumplicidade.
Por exemplo: dois amigos se associam para comprar um caiaque e vão a uma loja. No momento no qual perguntam o preço o dono da loja lhe dá uma cifra inatingível, os garotos não falam nada somente se olham, mas esse olhar vale mais que mil palavras.
Na verdade não podemos saber exatamente o que pensou cada um deles. Poderíamos inferir que os dois pensaram que o comerciante quis se aproveitar deles ou que o dinheiro que tinham não era suficiente. Mesmo assim o silêncio cúmplice valeu mais que qualquer expressão.


3- Elementos do subentendido


Com o horizonte espacial comum e a avaliação comum, se conforma o subentendido que é a parte não verbal de toda comunicação. Se analisarmos cada um desses elementos observaríamos que podem mudar, e cada mudança significa uma mudança do subentendido. O subentendido não é estável, pode mudar e desse jeito modificar o conteúdo do dito. Aqui temos exemplos dessas mudanças:
· O horizonte espacial comum: quando a conversa é telefônica não se compartilha o mesmo espaço. Neste caso, muitas vezes se faz referência ao enunciado (o dito) ao lugar onde cada um se acha.
Uma mãe liga para sua casa ao meio dia e pergunta para a empregada: o que você está fazendo? Ela responde “estou brincando com as crianças enquanto cozinho”. Se a empregada tivesse respondido somente “estou brincando com as crianças” a mãe teria pensado que ela não estava cumprindo com suas obrigações. Se a mãe e a empregada tivessem compartilhado o mesmo horizonte espacial a resposta teria sido diferente. Isto é uma mudança mínima no subentendido pode modificar o conteúdo da conversa.
· O saber comum: Quando não se compartilha um saber comum é frequente o mal-entendido.
O saber comum é o campo propício para o subentendido, porém se num grupo não se compartilham os mesmos códigos será o mal-entendido o problema central do ato comunicativo. Na Argentina especialmente em Buenos Aires “la capi” como falam os portenhos é usual que entre os homens se cumprimentem falando: ¡¡Que hacés fiera!! no lugar de ¿Cómo andás?. Cumprimentar alguém falando de fera não é ofensivo, pelo contrário denota a confiança e o carinho entre os amigos, porém se alguém não compartilhasse os mesmos códigos poderia se sentir ofendido se o cumprimentassem chamando de “fera”.
· A avaliação comum: a opinião compartilhada muitas vezes tem a ver com o grupo ao qual pertencem os participantes da conversação, às vezes são pessoas que tem a mesma idade, vão aos mesmos lugares ou gostam das mesmas coisas. Com certeza estes grupos reagirão do mesmo jeito e terão as mesmas opiniões.
Quando as pessoas se comunicam compartilham: idéias, conhecimentos, informações e intenções, não dão somente uma informação mas também um juízo de valor do fato ao qual se referem.Tem lugares nos quais não se brinca com temas religiosos ou raciais porém tem outros que preferem estes temas para fazer brincadeiras.
Na conversação a avaliação também se faz através do tom, este elemento paralinguístico indica se trata de uma brincadeira ou se está falando a sério. Para contar uma piada que seja entendida pelo auditório é preciso compartilhar um subentendido.
· O tom: O tom cumpre um rol muito importante na comunicação, está na voz, mas também na frase e nas palavras que empregamos. Pelo tom sabemos se uma pessoa está zangada ou alegre. Às vezes não é tão importante o que se fala senão como se fala. O tom aparece também nas palavras carregadas de subjetividade, por exemplo, os diminutivos, estas expressões poderão ser utilizadas com ternura ou ironia dependendo da situação. Por exemplo, falar “queridinha” em algumas circunstâncias não terá o mesmo significado que falar “querida”


4- Propriedades do subentendido


Como mencionamos, no subentendido quem concede valor semântico ao enunciado é o receptor. Por isso às vezes o falante fracassa quando emprega o subentendido, pois se baseia na recepção antecipada do seu próprio enunciado.
Em algumas ocasiões podemos nos comunicar utilizando o subentendido e se o interlocutor se sente ofendido, alegar que nossa intenção não era essa. Assim, fazemos de conta que não queríamos falar isso. Essa característica, de acordo com Ducrot (1977) recebe o nome de "adlocutividade”.
Esse caráter adlocutivo do subentendido tem duas consequências: a opcionalidade e a indeterminação.

· A opcionalidade: se produz quando o ouvinte compreende o sobreentendido, mas o ignora ou finge não tê-lo compreendido.
· A indeterminação: se dá quando nos expressamos com enunciados subentendidos e não sabemos exatamente o grau de compreensão que terá o interlocutor para decifrá-los.
· A Insinuação: é um tipo especial de subentendido que supõe uma intenção ofensiva ou maliciosa do falante. Tem casos em que a ofensa tem como resposta a indiferença do ouvinte: "não ofende quem quer senão quem pode".
· O mal-entendido: surge quando o receptor seleciona um enunciado que não é o que pretendia o falante. Isto é, quando ofendemos sem querer.


5- Subjetividade: o papel na compreensão do subentendido.


Desde a perspectiva da Análise do Discurso para a aprendizagem de uma língua estrangeira é necessário ter em conta a subjetividade do aprendiz. Segundo Pêcheux: “a língua estrangeira será tomada em redes de memória, dando lugar a filiações identificadoras, deste modo o discurso do sujeito e seus saberes estarão estreitamente relacionados a todo um sistema de alusões, implícitos, pressupostos linguísticos, culturais e históricos”.
Serrani-Infante no seu estudo identificações no discurso acrescenta outros elementos como: posição sócio-histórica do indivíduo e sua memória discursiva individual. A conjunção destes fatores é constante e condiciona o processo de aprendizagem.
Ao entrar no processo de aprendizagem de uma língua estrangeira, o sujeito revive a relação com sua própria língua, significados, ideologias, tabus, preconceitos e interpretações, variáveis que aparecerão com certeza na aprendizagem da segunda língua.
Poderiam estes preconceitos e interpretações influir na decodificação das mensagens implícitas? Isto é, toda essa bagagem de conhecimentos e ideias não representariam uma dificuldade para a compreensão deste tipo especial de discurso? Para Revuz:
“a aprendizagem da língua estrangeira relaciona o saber com o ser inteiro no processo no qual “o sujeito se autoriza a falar em primeira pessoa” e põe em jogo a estruturação psíquica na qual a linguagem é simultaneamente matéria e instrumento. Deste modo a aprendizagem de uma nova língua perturba e tira do eixo tudo aquilo que o falante adquiriu com a língua materna. (não somente o lingüístico também as sensações, impressões, atitudes e lembranças)”.
Podemos dizer, portanto, que o processo da aprendizagem/aquisição da língua estrangeira, sempre gera conflito, porque o aprendiz tem sua história própria com a língua materna e tentará construir uma nova com a língua estrangeira. Esta nova história será construída com símbolos e processos imaginários, com ideias, perspectivas e novas crenças. Estes fatores serão marcantes na relação entre o aprendiz e a nova língua.


6- Reflexões sobre a percepção do subentendido na língua estrangeira.

Terá o estrangeiro a capacidade de compreender o subentendido? Haverá uma possibilidade que o docente de línguas estrangeiras oriente aos seus “alunos-professores” a percebê-lo? Sem dúvidas o subentendido é um componente importante para completar o significado dos enunciados. Ele põe em jogo o conhecimento do implícito cultural que subjaz na relação dos interlocutores, não é convencional nem conversacional, sua existência é ratificada pelo uso linguístico cotidiano e sua importância é relevante para estabelecer a comunicação.
Geralmente os métodos de ensino de uma língua estrangeira estão repletos de diálogos com situações ideais de comunicação: um bar, uma escola, uma instituição pública determinada, etc.
O que acontece quando as situações ocorrem em outros contextos que não sejam a sala de aula? Isto é quando alguém tem que falar na língua estrangeira em diferentes situações: ao se machucar, quebrar um copo num restaurante ou bater com o carro na rua. Este tipo de situações não é contemplado nos livros, somente se ensina o ideal, o que acontece sempre, o previsível das situações. Não há métodos de ensino que possam ser utilizados de maneira geral, que nos ajudem ou nos oriente a trabalhar com os alunos, o imprevisto.
Nossos “alunos- professores” deverão reconhecer a importância deste tipo de enunciados que surgem instantaneamente e não são previsíveis, mas que contribuem ao sentido global e à compreensão discursiva.
Uma palavra tem vários significados, traz sempre alguma coisa implícita e pode variar de acordo à situação “real” na qual se encontre. Conhecer as normas linguísticas não basta é preciso desvendar a informações implícitas que surgem nas relações que se estabelecem no ato enunciativo. Para as que devem ser considerados os seguintes elementos: variáveis e combinações entre o emissor e o receptor, os horizontes espaciais e temporais, os objetivos dos falantes, as características do contexto, as convenções gestuais, as imagens socialmente estereotipadas e os traços significativos do entorno comunicativo.
O contato com nativos, a leitura de romances, a televisão, as histórias em quadrinhos, a música, isto é, toda manifestação cultural da segunda língua contribuirá a treiná-los no campo discursivo do implícito.

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[1] - A teoria sobre o enunciado de Bakhtín foi extraída do texto de TODOROV, Tzvetan: Mikhail Bakhtin. O Princípio Dialógico. Os escritos do círculo de Bakhtine. Éditions du Seuil, 1981Jacob 27, Paris VIº.-

Claudia Floriana Núñez
Docente e investigadora (UNAM)
Profesora de Francés y Portugués. Fue alumna de las Carreras del Profesorado y la Licenciatura en Letras y actualmente cursa el 2º año de la Maestría en la Enseñanza de la Lengua y la Literatura (Universidad Nacional de Rosario) coordinada por el ISFD "E. Sábato".
Dicta la cátedra Literatura Portuguesa en la Carrera del Profesorado en Portugués y los idiomas francés y portugués en el Proyecto Idiomas perteneciente a la Secretaría de Extensión de la Facultad de Humanidades y Ciencias Sociales de la UNAM.
Se desempeña además como docente de los Niveles Medio, Terciario y Superior de la ciudad de Posadas y dicta cátedras ad honorem en Fundaciones sociales de jóvenes y adultos mayores.

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